dimanche 14 juin 2020

REDE CHOQUE APRESENTA / Galeria CHOQUE (SP) e Juliana Crispe

Um corpo político que surge a partir do diálogo e de formas de se comunicar no mundo da artista pela linguagem inicial do desenho, mas que ganha outros modos de operação como o bordado, a pintura, a animação, o vídeo, a fotografia e a performance. Transitar entre linguagens e pensá-las em campos performáticos que encaram o tempo social em outra esfera, o espaço da casa como lugar que mescla a tarefa de ser múltipla e de ter em si muitas invisibilidades. Cathy Burghi não se separa como mãe, dona de casa, mulher e criadora. O lar é o lugar que agrupa a vida cotidiana e nela a artista vê-se nessa multiplicidade. Se apropriar do lugar privado, a casa, como lugar de reinvidicação e reinvenção; a casa como um lugar que expande o que ela é. O corpo como casa, a casa como peso e como leveza, lugar de embrutamento e de conforto, processos paradoxais.
A partir da discussão dos valores, dos comportamentos e dos ideais do sistema patriarcal e da contemporaneidade, podemos compreender as transformações que sofreram a subjetividade da mulher e o corpo feminino, que foram dominados e reprimidos numa cultura em que ao patriarca eram reservados plenos direitos e poderes sobre o espaço doméstico e as mulheres, como seres domesticados. Nas obras de Cathy, o corpo feminino está como campo fértil, como territórios, como espaços para construção de paisagens que vão para além do erotismo, dessa domestificação.  Ver-se nos movimentos dos feminismos em várias pontas, em um reclame de poder, por onde a artista propõe a representação do corpo como um corpo político e de liberdade. A leveza de um corpo que se move, que denuncia com humor, os espaços das mulheres na sociedade.









 Galeria CHOQUE (SP)

galeria CHOQUE (SP)


Choque Cultural e Juliana Crispe (Artista, Curadora e responsavel do Centro Cultural Armaem Elza (Sambaqui, Florianopolis)

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